Nos dias 23 e 24 de novembro, o Colégio Estadual Dr. Roberto Santos – CERS leva à população poçoense a 3ª edição do CERS na Praça. O evento reúne trabalhos voltados para a ciência, meio ambiente e cultura desenvolvidos pelos alunos durante o ano letivo de 2023, que serão expostos na Praça da Juventude, em Poções.
Com o tema “200 anos da independência do Brasil na Bahia: ambiente, ciência e culturas”, o evento levará ao público projetos focados na cultura baiana, em personalidades importantes para a construção da história da Bahia.
De acordo o professor das disciplinas de geografia e sociologia e integrante da comissão organizadora do evento, Célio Silva Meira, a escola deseja fazer um resgate da história principalmente de mulheres baianas emblemáticas, levando em conta a importância de promover no ambiente escolar o conhecimento da própria cultura.
Para a professora de Língua Portuguesa e redação Dárley Andrade, o evento é uma oportunidade para mostrar a pluralidade e valorizar a cultura baiana no ambiente escolar. “Durante muito tempo o ensino no Brasil esteve pautado em uma visão eurocêntrica. E nós precisamos cada vez mais romper com essa perspectiva. Para tanto, é muito importante valorizar a nossa cultura, conhecer as faces e interfaces da Bahia, pensar a baianidade e enaltecer a diversidade do povo baiano” afirma.
Após um ano dedicado ao estudo e preparação dos trabalhos orientados pelos professores, a abertura do CERS na Praça vai acontecer na quinta-feira (23/11) às 18h com apresentações de teatro. O roteiro do espetáculo foi montado pelo professor de teatro Antony Soares em parceria com o professor Célio Silva Meira e interpretado pelos próprios alunos. O espetáculo conta a história de figuras importantes para a cultura baiana como, Maria Felipa, Maria Quitéria e Joana Angélica.
O evento segue com apresentações musicais e a partir das 20h ocorrerá a abertura oficial dos estandes para visitação. Já na sexta-feira, os estandes estarão abertos das 08 às 11h30 da manhã. A tarde voltam a abrir às 13h e encerram as atividades às 17h. “São trabalhos científicos, uns em formato de banner, outros em formato de experimentação científica e alguns tem uma abordagem mais lúdica. Tem um estande sobre a história da Bahia, outro que fala sobre o cacau na Bahia, outros sobre fontes de energia, sobre o esporte na Bahia e personalidades baianas”, informa Célio Silva Meira.
O evento para a comunidade
Levar os trabalhos dos alunos para a praça no centro da cidade é uma forma de mostrar à sociedade o resultado das produções diárias realizadas pelos professores e alunos na escola. “No teatro, eu diria que é quebrar a quarta parede, na escola, falamos que é romper os muros e sair de dentro do encaixotado escolar. Uma mostra do que nós estamos fazendo enquanto professores, gestão, coordenação. É o momento de ir até a sociedade” afirma o professor Célio Meira. Já Dárley Andrade acredita que a importância do CERS na Praça está na oportunidade de mostrar às pessoas da comunidade poçoense um pouco dos processos escolares e como o conhecimento é construído.
Além da comunidade, o evento espera também a visita de outras escolas. Os organizadores acreditam que o fato de estar no centro pode facilitar essas visitas. “Tanto às escolas da rede estadual, da rede municipal e privada, estamos mandando convites para que os professores levem as turmas, diz Célio Meira”
O evento possibilita que os alunos possam adquirir novos conhecimentos e habilidades. Segundo Dárley Andrade, um dos objetivos da feira é “possibilitar o protagonismo estudantil, visto que por meio de projetos como esse os alunos constroem saberes de uma forma mais significativa.”
A estudante Sofia Moraes, de 17 anos, que atualmente está no 2° ano do Ensino Médio, diz que é a segunda vez que participa do evento. Para Sofia, a experiência está sendo muito proveitosa, principalmente pelo aprendizado que está adquirindo no decorrer da preparação para o evento. Seu trabalho, sobre energia eólica na Bahia, estará exposto na feira e, segundo ela, tem sido uma oportunidade de aprender mais sobre a Bahia e sua cultura. “É importante porque assim nós conseguimos ver o quanto a nossa cultura é maravilhosa, diversa e cheia de coisas importantes”, afirma Sofia.
Fotos: Arquivo Pessoal